segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

MEMÓRIAS DE UM GINECOLOGISTA (Conto)






L. Telles Bezerra


Sem pudores, ela entreabriu as pernas lindas sob a saia de linho vermelha me deixando ver as suas maravilhosas e torneadas coxas alvas e macias como pétalas de rosas. Eu fugia daquela tentação há seis meses seguidos, desde sua primeira visita ao meu consultório, mas de hoje não passaria.


A tarde morria modorrenta e cansativa, chata demais... Aquela presença em minha sala de espera compensaria tudo de ruim que o dia me ofereceu. Era deslumbrante, jovem e belíssima, aquela senhora da elite paulistana com seus 36 aninhos muito bem vividos, com quase 1.80 m de altura bem distribuídos.


Soberbamente vestida, ela se impunha por sua elegância e bom gosto no trajar, quando chegava como uma fada ao consultório. Deixava todas as outras pacientes com olhares furtivos e invejosos ao entrar na sala de espera com seu andar suave e elegante, nas tardes de sextas-feiras com hora deliberadamente marcada no final do expediente.


Cumprimentamo-nos formalmente ao chamá-la pelo nome e depois da consulta nos encontramos em frente à casa de chás, na esquina frontal ao prédio onde eu clinicava. Nos acomodamos num canto da sala do estabelecimento, em frente a uma janela de Blindex, a nos oferecer uma linda vista da Av. Paulista e seu burburinho de final de tarde.


Nossa conversa era sobre o que acontecia conosco. Ela me confessara que se apaixonou por mim ao se colocar para a minha inspeção o seu útero, onde sentia um incômodo muito grande.
Lá, eu descobri um pequeno mioma, que foi extraído uma semana depois para a sua tranquilidade. Desde então, ela voltava periodicamente para uma revisão médica necessária e muito conveniente a nós dois.


Depois da segunda chávena de chá de hortelã com gengibre e saborosos pães de queijo, ela sugeriu que saíssemos dali para um lugar mais íntimo e aconchegante, no que eu assenti com muito prazer. Tomamos o rumo do meu pequeno apartamento na Al. Casa Branca, onde o conforto existia em quantidade generosa. Ela ficou alguns minutos admirando o agradável aspecto do ambiente elegantemente decorado por uma minha ex-namorada, estudante de arquitetura, que me pediu para elaborar a decoração do imóvel.


Depois de elogiar o que vira, me enlaçou com seus deliciosos braços perfumados e me beijou com lascívia, me fazendo ter uma reação automática e deliciosa naquele instante mágico. Meteu sua perna gostosamente entre as minhas, pressionando sua coxa contra a minha genitália me fazendo estremecer de prazer. Meu membro rijo e voraz fê-la dar um pequeno pulo ao senti-lo em sua perna macia embutida entre as minhas pernas trêmulas de emoção e desejo. Nos beijamos demoradamente, matando a ansiedade de uma longa espera torturante, mas deliciosa.


Com um decisivo clique, ela soltou o cinto que sustentava sua saia, a qual desabou pesadamente sobre seus encantadores pezinhos lindos como dois anjinhos. Ela não estava usando calcinha, o que me causou um efeito de avassalador tesão. Aquela menina sabia como conquistar um homem, pensei com meus testículos.
Eu já estava sem minha calça branca de médico ginecologista, pois a partir dali eu nada mais seria senão um garanhão em vias de dar cabo de minha fêmea tão desejada.


Peguei-a nos braços e a carreguei delicadamente para meu dormitório. Deitei-a sobre a cama, sem entanto desgrudar um só milímetro do seu saboroso corpo esguio e muito bem delineado. Beijei-a na boca e fui descendo em direção ao meu objetivo principal. Sua vulva estava furiosamente tomada por uma excitação tão violenta que quase sangrava. Completamente ensopada e pulsando, sentiu o golpe devastador de minha língua deslizando por entre seus pequenos lábios vulvares, ascendendo e indo ao encontro do pequeno, mas lindo clitóris que me esperava ávido pela primeira e decisiva lambida.


Foi uma explosão mágica, o seu primeiro de muitos orgasmos que saboreou. Ela estremecia afogueada e sem fôlego, com sua deliciosa boca aberta a se socorrer do precioso ar de que necessitava para continuar viva e faminta por mais prazer. Segurava os dois pequenos seios e gemia compulsivamente ao sentir minha língua massageando seguidamente seu sensível grelinho intumescido.


Agarrou-me pelos cabelos e me puxou para cima, ao mesmo tempo em que se encaixava em mim num automatismo incrível e preciso. Eu estava dentro daquela potranca fogosa e insaciável. Ela me exigia todinho dentro de sua vagina, mas eu resistia deixando apenas a glande nos primeiros cinco centímetros do canal vaginal, desenvolvendo movimentos rápidos e firmes, onde a sensibilidade feminina é mais forte, o famoso Ponto G. Depois do terceiro orgasmo por ela degustado, me permiti entrar também em êxtase. Nunca, em toda a minha vida, tinha sentido um prazer igual àquele. Nem na minha adolescência, com minhas amiguinhas, eu conseguira algo semelhante. Foi uma sensação divina e muito acima da média, foi algo indescritível.


Após fazermos um breve lanchinho na cozinha, lá estávamos os dois novamente entrelaçados e numa batalha maravilhosa em busca do prazer culminante. Júlia não estava de todo saciada, precisava de mais prazer e eu lhe dei sem pestanejar. Ela se ofereceu de quatro em minha direção e eu parti com a fúriade dez miúras para aquela visão deslumbrante, que me presenteva mais uma vez. Fizemos sexo até quase desfalecermos um por cima do outro, onde ficamos por um tempo indeterminado e extremamente necessário para nos restabelecermos da peleja pela vida!


Tornamo-nos amantes permanentes e apaixonados durante três deliciosos anos, após o que me mudei para New York, onde fui fazer pós-graduação em medicina e uma especialização em Câncer Ginecológico, na Universidade de Cornell. Durante a minha permanência em solo americano, mantivemos uma correspondência não muito constante, para não deixar transparecer ao seu marido a nossa relação. Fiquei no exterior por cinco longos anos e ao retornar ao Brasil, soube que ela se divorciara, recebendouma fortuna em bens e dinheiro tão grande que nem ela acreditou na soma ganha.


Eu estava, então, com 48 anos e ela em vias de completar 44 aninhos. Procurei-a e nada precisa ser dito depois desse nosso reencontro. Somos hoje um casal de permanentes enamorados e apaixonados, recomeçando o nosso romance a cada dia que nasce.


Nota: Essa é uma obra de ficção e qualquer semelhança é mera coincidência.

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