sexta-feira, 6 de junho de 2014

Mantega insiste no discurso pronto e na conversa fiada para tentar justificar o fracasso da economia



guido_mantega_28Neurônios pifados – Alvo constante de piadas e galhofas nas rodas do mercado financeiro, o ainda ministro Guido Mantega (Fazenda) continua arrumando desculpas para justificar o fracasso da economia brasileira, que não apenas cambaleia, mas ruma na direção do precipício. Isso porque o desgoverno petista apostou em fórmulas equivocadas, sem ao menos reconhecer ao longo do trajeto os erros cometidos e deixados de lado, como se nada tivesse ocorrido no campo do equívoco.
Nesta quinta-feira (5), na tentativa de justificar a crise que ronda o País, Mantega voltou a culpar a dificuldade de acesso ao crédito como forma de minimizar a quase paralisia da economia nacional. O próprio ministro sabe que o governo errou, mas prefere não admitir as trapalhadas palacianas. Apenas para lembrar o leitor, o governo de Dilma Rousseff adotou, de janeiro de 2011 até agora, nada menos que 23 medidas de estímulo à economia, se qualquer resultado prático.
É fato que o desgoverno do PT vem fazendo o que pode, mas de nada adianta tapar o sol com a peneira apenas para garantir a reeleição de Dilma. É preciso um choque de gestão na condução da política econômica, algo que nas eleições vindouras mandaria pelos ares o Partido dos Trabalhadores.
No momento em que a crise internacional atirou-se ao mar, no final de 2008, com o objetivo singrar as águas do Atlântico e aportar em terras brasileiras, o então presidente Lula, malandro como sempre, disse que tudo não passada de uma reles marolinha. Na ocasião, o ucho.info alertou para o perigo da aposta do governo, que depositou todas as fichas no consumo interno, que na verdade não passou de uma descontrolada onda de consumismo com prazo de validade estendido.
A estratégia adotada pelo Palácio do Planalto foi uma ode à pouca inteligência, pois nenhum economista, mesmo os estreantes, creem no consumo como vacina contra crises econômicas. Não bastasse a aposta errada, o governo do PT insistiu na tese absurda, incentivando cada vez mais o consumo como forma de impulsionar a economia. Acontece que o governo federal não fez a lição de casa e, deitado em berço esplêndido, deixou por conta do consumidor a responsabilidade pelo crescimento econômico.
Pouco mais de cinco anos se passaram e os efeitos colaterais das medidas adotadas por Lula começam a dar o ar da graça. Guido Mantega garante que a inflação recuou em abril e maio, podendo repetir o movimento em junho, mas esse discurso está calcado em levantamentos do Banco Central, que se rende à ingerência do Palácio do Planalto e só trata dos números oficiais. No dia a dia, a inflação real, aquela que assombra o cidadão, há muito deixou o patamar de 20% ao ano. A situação é tão grave, que até mesmo as projeções sobre a inflação oficial, para 2014, já ultrapassaram o teto (6,5%) do programa de metas estabelecido pelo governo.
Mantega, que não tem competência sequer para gerenciar o caixa de um lupanar, insiste na fórmula de alavancar a economia por meio do consumo interno. Não é de hoje, o País está carente de investimentos de infraestrutura, mas o governo do PT só consegue criar reedições do Plano de Aceleração do Crescimento, o empacado PAC, e inaugurar obras inacabadas. Sem contar as que pararam no tempo por falta de recursos, escândalos de corrupção, superfaturamento ou má gestão.
A grande questão da economia brasileira é que o governo quer vencer a crise usando uma munição de cada vez. Acontece que o cerne desse imbróglio quase sem fim está na inflação, cada vez mais resistente e em movimento de alta. Enquanto adotam medidas para conter a disparada da inflação, os palacianos teimam em apostar no consumo para impulsionar a economia. Contudo, esses gênios de camelô esquecem que consumo aquecido provoca alta da inflação. Ou seja, o governo mergulhou naquela ciranda do “se correr o bicho pega, se ficar o bicho come”.
Fato é que os brasileiros na devem esperar qualquer milagre, pois o crescimento econômico em 2014 tem tudo para ficar no anoréxico patamar de 1%, índice pífio para um país que integra o grupo dos chamados emergentes. Que Mantega e sua horda não venham com discursos prontos, tentando justificar o injustificável, porque de conversa mole e fiada o povo já está cansado. Afinal, quando os erros da política econômica chegam ao bolso do cidadão, não há o que convença.

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