terça-feira, 20 de maio de 2014

Protesto de motoristas paralisa terminais de ônibus; professores fecham Consolação




Os paulistanos enfrentam dificuldades para se deslocarem pela cidade nesta terça-feira. A greve de motoristas e cobradores fechou ao menos 9 terminais e deixou centenas de pessoas sem ônibus.
Na tarde desta terça, os professores municipais em greve fazem um protesto pela Avenida Paulista. A categoria se manifesta contra a proposta da Prefeitura de abono de 15,38% no piso salarial. Em assembleia, os professores decidiram pela continuidade da greve. Mais cedo, integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto também protestaram por moradia na sede da construtora Viver.

 Minuto a Minuto
  • 17h25
    Professores seguem pela Rua da Consolação em direção à Prefeitura. O clima é tranquilo e muitos funcionários levaram os filhos para a passeata. A categoria reivindica não apenas o reajuste salarial, mas melhorias de condições de trabalho, infraestrutura e segurança. (Bárbara Ferreira Santos, O Estado de S. Paulo). Veja galeria de fotos da manifestação. 
  • 17h06
    No terminal Barra Funda é preciso muita paciência para conseguir um táxi. O Estado acompanhou alguns passageiros em uma das bagunçadas filas que se formaram nos arredores da Estação. A espera média era de meia hora por volta das 16h.
     
    Uma das passageiras era a professora universitária Salete Valezan Camba. Ela conseguiu ser dispensada três horas mais cedo de seu trabalho, a Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais,  no centro, justamente porque temia confusão na volta para casa, na Pompeia. Ela costuma fazer o trajeto de ônibus,  mas desta vez teve de encarar um metrô lotado. "Parecia horário de rush. Mas eram apenas 3h da tarde", comentou.

    Salete saiu na barra funda ainda nutrindo a esperança de conseguir um ônibus até sua casa.  Não teve jeito. Teve de perder tempo na fila e pagar mais caro para ir embora de táxi.

    Quem também negociou dispensa mais cedo do trabalho foi o estudante de administração Pedro Ribas Chaves. Sua aula na PUC começaria às 19h, mas temendo dificuldades de transporte ele decidiu se apressar. "Tenho de apresentar um trabalho hoje e não posso faltar", disse. Pegou Metrô do Tatuapé,  próximo ao banco onde estagia,  até a Barra Funda e, por volta das 12h15, era um dos pacientes passageiros à espera de um taxista, lamentando a falta que os cerca de 15 reais pela corrida fazem num orçamento estudantil.

    A reportagem tentou entrevistar três taxistas para que eles comentassem o aumento da procura por seus serviços na tarde desta terça. Obviamente, todos preferiram pegar mais um passageiro em vez de perder tempo com o repórter (Edison Veiga, O Estado de S. Paulo).
  • 16h51
    Mais 4 terminais foram paralisados nesta terça-feira: Cachoeirinha, Butantã, Santana e Casa Verde. Ao todo, o protesto de motoristas e cobradores fechou 14 terminais na cidade de São Paulo. 
  • 16h50
    No terminal Barra Funda a paralisação dos ônibus municipais já reflete nos ônibus interurbanos. As empresas que operam na rodoviária começam a registrar atrasos nos passageiros que já tinham comprado passagem. Por norma, elas são obrigadas a remarcar o bilhete para o próximo horário disponível.

    Foi o que aconteceu com uma passageira da Osastur, com destino a Avaré, no interior do Estado. "Ela chegou 15 minutos depois do horário porque não contava com a paralisação dos ônibus", relatou o agenciador da companhia, Jorge Santos. A passageira só embarcou 1h30 mais tarde.

    No caso da companhia Transpen, até funcionários foram afetados. "Moro no Morro Doce, na zona norte, e normalmente levo 50 minutos para chegar. Hoje fui surpreendida com a paralisação e tive de apelar para meu pai, que estava em horário de almoço no trabalho dele", disse Regina Araújo dos Santos. "Mesmo assim,  tive de caminhar por meia hora para encontrá-lo e acabei chegando atrasada".

    Ela contou que seu chefe não acreditou na história até que, findo o turno dele, também não tinha ônibus para voltar para casa. Até o momento nenhuma empresa planeja atrasar as partidas de São Paulo por conta da paralisação. (Edison Veiga, O Estado de S. Paulo)
  • 16h44
    Professores ocupam Rua da Consolação. Categoria se manifestarem contra a proposta da Prefeitura de abono de 15,38%. Leia mais aqui
  • 16h42
    Professores municipais também protestam nesta terça-feira. Os trabalhadores descem neste momento a Rua da Consolação, no sentido centro. Eles caminham em direção à Prefeitura. Todas as faixas da Consolação estão interditadas no sentido centro. De acordo com o sindicato, 10 mil pessoas participam do protesto. A PM  fala em 1,5 mil. O carro de som dos manifestantes quebrou na Paulista em frente ao Shopping Center 3, mas os professores continuaram a marcha. (Bárbara Ferreira Santos, O Estado de S. Paulo)
  • 16h34
    Nove terminais de ônibus pararam nesta terça-feira. Em protesto, os motoristas e cobradores chegaram por volta das 15 horas à calçada diante da sede da Prefeitura de São Paulo, no Viaduto do Chá, no centro. 
  • 16h33
    Por causa da paralisação dos ônibuso rodízio municipal de veículos foi suspenso nesta terça-feira, 20, para automóveis e caminhões no horário das 17h às 20h. Leia mais aqui
  • 16h23
    Por volta das 16h15, a Rua Líbero Badaró, na altura do Viaduto do Chá, foi fechada pelos motoristas e cobradores. (Caio do Valle, O Estado de S. Paulo)

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