quarta-feira, 27 de novembro de 2013

DE ENFRENTAMENTOS







Por Carlos Esteves



Com base em argumentos questionáveis, seguramente, pela classe médica, por serem profissionais do Poder Legislativo, ao contrário do laudo assinado por médicos de uma Universidade Federal, em tese, isentos de pressões, o Deputado Henrique Alves, (Que não sei bem se ele é pau-mandado, fisiologista, submisso ao PT, covarde ou medroso, mas alguma coisa ruim ele pode ser) resolve se opor a um ato mais do que legal do Presidente do Supremo Tribunal Federal. O casuísmo e pressa à contestação do laudo ordenado pelo Ministro Joaquim Barbosa, é muito mais sério do que se pensa. Alcança toda a sociedade brasileira que está convivendo com momentos difíceis ao presenciar a clara desarmonia entre os poderes. Depois de um julgamento transparente, parece que há uma orquestração para desmoralizar o Ministro Presidente do STF. Orquestração que suponho, também com a participação de alguns membros da magistratura. Esquecem que atos assim enfraquecem a magistratura brasileira, tanto quanto incentivam a anarquia e fortalecem a impunidade. O Ministro Joaquim talvez cometa alguns erros, que jamais se sobrepõem aos seus acertos na defesa da justiça brasileira. Seria muito bom que fossem afastadas as ideologias e os afagos públicos a quem já foi punido legalmente e se iniciasse mesmo um processo de busca sobre o que é melhor para o país: a clara apologia a impunidade ou a melhoria das instituições públicas? inclusive as corretivas como o sistema penitenciário, quando está sendo preciso internar poderosos para se descobrir a urgente necessidade de verdadeira adequação à infraestrutura carcerária, criando-lhe condições humanitárias. Até hoje só vi discursos do Senhor Ministro da Justiça, mas nenhum ato que atendesse a realidade brasileira nesse campo. Dinheiro aos montes para a Copa do Mundo, para empreiteiras de vários ramos; bolsas para famílias de presidiários, bolsa para tudo o que se inventa na maior cara-de-pau, mas sem resultados práticos quando se fala em direitos humanos, cuja titular da área é claramente uma vaidosa e omissa naquilo que lhe compete defender. São comportamentos assim que estão levando o Brasil a enfrentamentos entre poderes, entre membros da sociedade e até entre países como divulgado hoje neste Diário, em que o Vice-Presidente da República sofreu vexames consequentes da incompetência da área subordinada ao Ministério da Justiça que, por sua vez, autoriza terceirizados inexperientes para exercer funções de relevância nas atribuições inerentes a fiscalização aeroportuária. Não é esse o Brasil que desejamos. Quando acordaremos para essa absurda administração partidária que não vê limites morais para se perpetuar no poder? E haja enfrentamentos aqui, agora e no futuro. Não se consegue viver com isso a vida toda. Nem na China, admirada pelos petistas, que hoje se prepara para sair do Capitalismo de Estado para o Capitalismo liberal, ou Estado capitalista.

Carlos José Esteves, amazonense, é bacharel em direitos, foi procurador-geral do Estado do Acre.

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