quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Ministro brasileiro cancela entrevista e fica em Washington para tentar uma saída para o destrambelho de Dilma.





Coronel Leaks
 
Os Estados Unidos da América fizeram o que podiam diante do destrambelho de Dilma Rousseff e a sua reconhecida estupidez diplomática. Agora é tentar juntar os cacos e oferecer uma saída à presidenta. Ministro fica em Washington para novas reuniões, depois de cancelar entrevista onde Dilma gostaria que ele anunciasse a "rendição" de Obama. Abaixo, matéria do Estadão.
 
O governo dos Estados Unidos afirmou nesta quarta-feira, 11, que parte das revelações sobre as atividades da Agência Nacional de Inteligência (NSA) americana levanta questões "legítimas" de países aliados sobre a maneira como esse setor atua, mas disse que considera "distorcidas" algumas das informações veiculadas pela imprensa sobre as atividades de seu serviço de inteligência.
 
As ações da NSA foram discutidas nesta quarta-feira em Washington em reunião de pouco mais de uma hora entre o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Luiz Alberto Figueiredo, e a conselheira de Segurança Nacional do presidente Barack Obama, Susan Rice. Após o encontro, a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Caitlin Hayden, divulgou nota na qual observou que os EUA estão revisando suas ações de inteligência para assegurar que elas reflitam políticas do governo sobre o que elas "devem fazer versus o que elas podem fazer".
 
"Os EUA estão comprometidos a trabalhar com o Brasil para enfrentar essas preocupações, ao mesmo tempo em que continuamos a trabalhar juntos em uma agenda comum de iniciativas bilaterais, regionais e globais", afirmou a porta-voz. "O presidente busca assegurar que nossas atividades sejam consistentes com nosso interesse nacional amplo, incluindo o relacionamento com nossos parceiros-chave."
 
O encontro desta quarta faz parte da tentativa de ambos os lados de viabilizar a visita de Estado da presidente Dilma Rousseff a Washington, marcada para 23 de outubro. O Brasil ameaça cancelar a viagem em razão das revelações de que a NSA monitorou comunicações da presidente. A situação ficou ainda mais tensa depois dos indícios de que os Estados Unidos espionaram também a Petrobrás.
 
Prazo. Em encontro com Obama na Rússia na semana passada, Dilma havia dado o prazo até esta quarta-feira para que os EUA apresentassem "medidas necessárias" para contornar a desconfiança criada pelo episódio e criar condições políticas para viabilizar a viagem. Figueiredo, que iria para Nova York na quarta à noite, ficou em Washington e terá outros encontros com autoridades americanas nesta quinta-feira para discutir o assunto. O ministro cancelou uma entrevista que daria na quarta à noite para falar sobre a reunião com Susan Rice.
 
O diretor do Brazil Institute do Wilson Center, Paulo Sotero, avaliou que a divulgação da nota e a permanência de Figueiredo em Washington são indícios de que os dois países estão dispostos a encontrar uma saída que viabilize a visita.

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