segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Governo do PT: de manhã, na delegacia; à tarde, no ministério; à noite, na cadeia.



9 de setembro de 2013Coronel Leaks 

O atual "número 2" já foi o "número 1". Foi o Ministro interino do Trabalho, na demissão de Brizola Neto.
Suspeito de participação de esquema de desvio de recursos públicos, o "número 2" do Ministério do Trabalho e Emprego prestou depoimento à Polícia Federal na manhã desta segunda-feira (9) e, em seguida, foi trabalhar normalmente. Paulo Pinto, secretário-executivo do MTE, foi alvo de um dos 12 mandados de condução coercitiva cumpridos nesta segunda pela PF. Batizada de Esopo, a operação deflagrada pelos policiais federais apura fraude em licitação e contratos superfaturados em dez Estados. A fraude pode ter movimentado por volta de R$ 400 milhões em cinco anos, estimam os policiais.
É a segunda vez em menos de uma semana que o MTE é alvo de operação da PF. Dessa vez, uma das suspeitas que pesam contra o MTE é a retirada do nome de inadimplentes do cadastro de devedores para continuarem recebendo recursos públicos. Segundo a assessoria do ministério, na manhã desta segunda, a PF recolheu apenas documentos relacionados à área de qualificação da Secretaria de Políticas Públicas de Emprego --um dos principais braços operacionais da pasta.
Informou ainda que o secretário-executivo do ministério, Paulo Pinto, foi abordado pela PF em casa, em Brasília. Depois de ser notificado da existência de um mandado de condução coercitiva contra ele, foi dirigindo o próprio carro à Superintendência da PF em Brasília, onde prestou depoimento sobre a Oscip (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) que teria sido usada para desviar os recursos públicos.
Depois de prestar esclarecimentos à polícia, segundo a assessoria do ministério, Paulo Pinto foi liberado e despachou normalmente na sede do MTE, na capital federal. Ele reassumiu o cargo de número 2 do ministério em abril deste ano. Paulo Pinto entrou no ministério em 2007 como assessor especial do então ministro Carlos Lupi, de quem é braço direito. Em junho de 2010, foi nomeado secretário-executivo, cargo que ocupou até maio do ano passado, quando o grupo de Lupi, que perdeu o cargo por suspeitas de irregularidades, deixou o comando da pasta.
Nesta segunda, o MTE informou aguardar o retorno do ministro Manoel Dias, que estava em Santa Catarina, para definir se Paulo Pinto será mantido no cargo. A assessoria também não soube informar que repassou à entidade investigada pela PF. (Folha Poder)

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