segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Bolsa fecha o dia em queda por OGX e EUA, mas tem ganho no mês


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DE SÃO PAULO
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FolhainvestO Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa brasileira, fechou esta segunda-feira (30) em queda de 2,61%, a 52.338 pontos. O movimento reflete a aproximação do fim do prazo para se evitar uma paralisação parcial do governo dos Estados Unidos afetando o apetite por risco de investidores, além da forte queda dos papéis da OGX, de Eike Batista.
Mesmo acom a baixa no dia, o Ibovespa conseguiu terminar setembro com ganho acumulado de 4,65%. No trimestre, houve avanço de 10,3%. Apesar disso, o índice ainda amarga perda em 2013, de 14,1%.
As ações da OGX tiveram desvalorização de 25% nesta segunda-feira, para R$ 0,21 --seu menor valor histórico. O movimento reflete rumores de que o empresário deve entrar com pedido de recuperação judicial da OGX e do estaleiro OSX em breve.
"A OGX tem um peso considerável sobre o Ibovespa [de mais de 4%] e, portanto, seu desempenho negativo acaba influenciando a Bolsa brasileira como um todo", diz Luiz Gustavo Pereira, estrategista da Futura Corretora. Fora do Ibovespa, os papéis da OSX tiveram perda de 14,5%, a R$ 0,59.
Os papéis mais negociados da Petrobras, que tiveram alta durante boa parte do dia, inverteram a tendência nas últimas horas de negociação e fecharam em baixa de 0,76%, a R$ 18,36.
"Em entrevista ao jornal 'O Globo', a Graça Foster [presidente da estatal] chegou a comentar sobre uma nova metodologia para o reajuste no preço dos combustíveis, o que provocou a alta das ações pela manhã. À tarde, porém, o ministro Mantega [Fazenda] acalmou o mercado dizendo que a atual metodologia segue vigente", diz Pereira.
O cenário econômico internacional também prejudicou o desempenho das Bolsas do mundo todo hoje. Neste fim de semana, a Câmara dos Deputados dos EUA, liderada por republicanos, aprovou projeto de lei atrelando o financiamento do governo ao adiamento da reforma da saúde proposta pelo presidente Barack Obama.
O líder da maioria democrata no Senado dos EUA, Harry Reid, reiterou que o projeto da Câmara será derrotado ao chegar na Casa. Se um plano orçamentário não for aprovado antes da meia noite, agências e programas governamentais americanos podem ser paralisados pela primeira vez em 17 anos.
Também corroborou o viés mais pessimista nos negócios o fato de a indústria da China ter crescido apenas levemente em setembro, como resultado da hesitante demanda doméstica.
CÂMBIO
No câmbio, o dólar à vista, referência no mercado financeiro, fechou o dia em queda de 1,39% em relação ao real, cotado em R$ 2,226 na venda. No mês, houve desvalorização de 6,46% --a maior perda mensal desde outubro de 2011.
Já o dólar comercial, usado no comércio exterior, cedeu 1,81% no dia e 5,37% no mês, fechando esta segunda em R$ 2,216.
O Banco Central realizou pela manhã um leilão de swap cambial tradicional, que equivale à venda de dólares no mercado futuro. A autoridade vendeu, ao todo, 10 mil contratos com vencimento em 3 fevereiro de 2014, por US$ 497,7 milhões.
A operação estava prevista pelo plano da autoridade para conter a escalada do dólar. O programa do BC --que começou a valer em 23 de agosto-- prevê a realização de leilões de swap cambial tradicionais de segunda a quinta, com oferta de US$ 500 milhões em contratos por dia, até dezembro.
Às sextas-feiras, o BC oferecerá US$ 1 bilhão por meio de linhas de crédito em dólar com compromisso de recompra --mecanismo que pode conter as cotações sem comprometer as reservas do país.

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