terça-feira, 30 de julho de 2013

Preocupação com inflação é a maior desde 2001, mas deve piorar com a alta de preços dos alimentos





O céu é o limite – A preocupação dos brasileiros com a inflação é a maior desde 2001, aponta pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). De acordo com o levantamento, após queda de 3,5% em junho na comparação com maio, o Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (INEC) ficou estável em julho, em 110 pontos.
A pesquisa mostra que os brasileiros estão extremamente preocupados com a alta de preços nos próximos seis meses. O indicador de expectativa de inflação caiu 5,9% em julho, na comparação com junho, e ficou em 98,4 pontos. O recuo em relação ao mesmo mês do ano anterior foi de 11,1%. Quanto mais baixo o índice, maior é a preocupação das pessoas. “O índice de julho para a inflação é o mais baixo desde 2001″, diz o levantamento.
Se a preocupação com a alta de preços que se anuncia já grande, os consumidores que se preparem, pois no horizonte a imagem é de céu carrancudo. E o movimento de alta da inflação mais uma vez se dará a partir dos alimentos. Com problemas na safra de trigo, afetada por problemas climáticos, a China saiu no mercado internacional para fazer frente à demanda interna do produto. A necessidade da China fará com que o preço do trigo sofra um aumento de pelo menos 10% no mercado internacional.
Confirmada essa expectativa, o trigo, que para o mercado brasileiro já encarecera por conta da alta do dólar, deve ficar ainda mais caro. O cenário mostra-se ainda pior com a decisão do governo argentino de suspender as exportações de trigo.
Com a recente onda de chuva e frio, que afetou principalmente as regiões Sul e Sudeste, as lavouras de trigo, café e milhos foram prejudicadas. No norte do Paraná, as lavouras de café são consideradas perdidas pelos produtores por causa das geadas. O mesmo ocorreu com as lavouras de trigo e milho. No caso do milho, a quebra na safra pode chegar a 70%. Esse panorama mostra que em breve o café da manhã do brasileiro estará mais caro.
Com a demanda nos índices costumeiros, a pouca oferta fará com que o preço do café dispare, inclusive no mercado internacional, o que pode ser um agravante. Em relação à quebra na safra do milho, o consumidor poderá não sentir o efeito no primeiro momento, mas isso deverá acontecer na sequência, pois o grão é usado na fabricação de óleo de cozinha e de ração animal. Ou seja, depois do café da manhã mais caro será a vez do almoço e do jantar, uma vez que nos entrepostos de produtos hortifrutigranjeiros da capital paulista só se fala no aumento de preços em decorrência da onda de frio.
O Banco Central que se prepare, pois será preciso muita criatividade para conter o furor da herança maldita do messiânico lobista Luiz Inácio da Silva. Como disse certa vez um conhecido comunista de botequim, nunca antes na história deste país.

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