terça-feira, 30 de julho de 2013

O gosto pela clandestinidade





Há poucos dias de se iniciar o XIX Encontro do Foro de São Paulo, na cidade que deu nome a esta organização, coisas obscuras e silenciadas pela mídia nacional ocorreram bem debaixo dos narizes do povo e das autoridades mas merecem uma investigação séria.
No início do mês de julho tomamos conhecimento de que aviões da Força Aérea Venezuelana (FAV) estiveram em várias partes do país, desembarcando grupos de aproximadamente 200 militares, a maioria em trajes civis e alguns poucos fardados. Depois do desembarque formavam-se grupos de 40 deles que, sob as vistas discretas dos fardados, embarcavam em vôos comerciais junto com outros passageiros. O primeiro grupo seguiu do aeroporto de Campo Grande e alguns desceram em São Paulo, enquanto o restante seguia - não se sabe para onde -, pois o vôo ainda faria escalas em Maringá, Curitiba e Porto Alegre.
Consultadas, as autoridades da Força Aérea Brasileira informaram o que segue:
- o C-130 venezuelano realmente pousou em SBCG no dia 8, ficando estacionado ao lado de um avião da GOL;
- foi um pouso técnico para reabastecimento;
- os passageiros e tripulantes, cerca de 40 militares, foram autorizados a entrar no terminal de passageiros, sendo submetidos aos procedimentos padrões de aduana e imigração;
- todos retornaram ao C-130;
- a bordo do C-130 havia um blindado;
- o destino da aeronave era Montevidéu, para onde iria o presidente Maduro (a fim de tomar parte em uma reunião de chefes de estado);
- supõe-se que os passageiros do C-130 iriam fazer a segurança do Maduro;
- tudo o mais que foi divulgado na internet não passa de história fantasiosa criada por alguma mente muito fértil que a postou em um blog.
Outra fonte me informa que a Polícia Federal (PF) confirmou que havia inspecionado um grupo de 80 passageiros e que nenhum permaneceu no país, seguindo para o Uruguai na manhã do dia 09/07. Entretanto, a mesma fonte me informa que “outro vôo da FAV pousou em Roraima, com cerca de 200 pessoas, desembarcaram e dispersaram em destinos diferentes”.
Ora, não é a primeira vez que os militares brasileiros são enganados por este governo, tendo ocorrido um fato desagradável em fevereiro de 2011, quando as FARC exigiram que, para devolver à liberdade três colombianos seqüestrados em seu poder, necessitavam de helicópteros da nossa FAB que se deslocou para lá e foi usada vergonhosamente conforme denunciei na ocasião em meu blog (ler aqui:http://notalatina.blogspot.com.br/2011/03/resposta-alguem-que-estava-la-no.html).
É provável que uma quantidade desses militares venezuelanos tenha apenas feito escala para reabastecimento em solo brasileiro e seguido para Montevidéu, e que faziam parte da guarda pessoal do usurpador “presidente” Nicolás Maduro, uma vez que no dia 11 de julho ocorreria uma reunião do MERCOSUL. Tudo isto é crível. O que não podemos acreditar, porque são os fatos que provam o contrário, é que fosse necessário enviar dois aviões, um aterrissando em Campo Grande e outro em Roraima, para depois seguir ao Uruguai a fim de fazer a guarda de Maduro. Sabemos - e até as pedras venezuelanas sabem - que essa guarda é a mesma que servia ao defunto Hugo Chávez, composta por militares pertencentes ao G2 cubano, escolhidos a dedo pelo próprio Fidel Castro, com passaportes venezuelanos falsos.
Seria ingenuidade acreditar que esses dois aviões trazendo 400 militares cubano-venezuelanos iam TODOS fazer a guarda de Maduro, e justamente num país onde o presidente é seu amigo e, como ele, membro do Foro de São Paulo? Seria “história fantasiosa” de “alguma mente muito fértil”, imaginar que dentre esse enorme grupo havia terroristas das FARC devidamente cedulados como “venezuelanos” (isso é fartamente conhecido pelas Forças Armadas colombianas e também denunciado pelo Notalatina), que vieram se estabelecer no Brasil? Em quem devemos acreditar: nas fotos que comprovam esses detalhes e o relato da pessoa que viajou no mesmo vôo do grupo que desembarcou em São Paulo, ou no que disseram as autoridades da FAB e da PF? Já vimos e tomamos conhecimento de tantas coisas encobertas pelos órgãos oficiais de segurança brasileiros, que obedecem em última instância à chefe do Governo nacional, que não me espantaria se a informação dada pela FAB tenha sido aquilo que foi “permitido” divulgar, afinal, clandestinidade não é exatamente uma atitude desconhecida ou repudiada pela mandatária brasileira. 
Futuramente saberemos o que estes elementos vieram fazer aqui, mas aposto numa coisa: legal e oficialmente, nem um terço deles veio ou está no Brasil.

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