Rebelo citou o alto valor do projeto russo para minimizar os gastos no Brasil Foto: EFE
Rebelo citou o alto valor do projeto russo para minimizar os gastos no Brasil
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​O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, voltou a sair em defesa da organização da Copa do Mundo no Brasil, nesta terça-feira. Estimada em R$ 28 bilhões, a realização do torneio vem sendo um dos maiores alvos dos protestos que tomaram conta do país nos últimos dias.
O Mundial de 2018, na Rússia, foi usado como exemplo pelo ministro para afirmar que o Brasil estava realizando uma Copa "barata". No entanto, ele se confundiu com as despesas estimadas pela organização do país europeu, que calcula que serão gastos ali R$ 45 bilhões.
"Para a Copa da Rússia já estão apresentando as contas, um projeto de R$ 60 bilhões", afirmou em entrevista à SporTV.
As últimas duas edições da Copa, realizadas na Alemanha e na África do Sul, custaram respectivamente R$ 10,7 bilhões e R$ 7,3 bilhões. Para Aldo Rebelo, o fato de elas somadas terem saído com despesas R$ 10 bilhões menores do que o Mundial do Brasil tem explicações.
"Qual a diferença da Copa do Brasil e da Copa da Alemanha? Lá já estava tudo pronto: estrutura, segurança, transportes. E na África do Sul, não havia aeroportos, por exemplo. Muitas vezes você tinha que desembarcar em um lugar e dirigir por horas, porque em algumas cidades não havia aeroportos", afirmou.
Os altos gastos com alguns dos estádios para a Copa de 2014 também têm sido uma das maiores reclamações daqueles que se posicionam contra a realização do Mundial. O argumento é que eles podem se tornar "elefantes brancos", com pouca utilidade para economia e esporte locais após o fim da competição. Curiosamente, Aldo Rebelo citou um estádio que não está na Copa como exemplo para as novas arenas: o Morumbi.
"Aqui, o São Paulo tem uma receita de R$ 50 milhões só com lojas e espetáculos. Um grande show ou espetáculo são coisas esporádicas, mas uma feira e um congresso você tem em número muito maior", disse.
Dos R$ 28 bilhões que serão gastos até o meio do ano que vem, R$ 3,8 bilhões serão usados em estádios e financiados pelos BNDES. Outros R$ 3,2 bilhões, também investidos nas arenas, virão dos cofres públicos. Boa parte do restante do dinheiro será gasto em obras de mobilidade urbana. A Fifa, por sua vez, calcula que terá, já livre de impostos, uma receita de R$ 8,8 bilhões com o Mundial.
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