sexta-feira, 21 de junho de 2013

No sétimo protesto de São Paulo, clima é pacífico




Mais de 100 mil pessoas participaram de ato; apenas houve hostilidade entre manifestantes e militantes de partidos políticos

20 de junho de 2013 | 23h 38


O Estado de S. Paulo
SÃO PAULO - A sétima manifestação organizada pelo Movimento Passe Livre (MPL) desde o aumento das tarifas de ônibus em São Paulo ocorreu de forma pacífica e reuniu 100 mil pessoas na noite de quinta-feira,20, em São Paulo, segundo a Polícia Militar. Após o registro de confrontos com a PM em manifestações anteriores, os conflitos e hostilidades desta vez se limitaram aos participantes: principalmente entre grupos apartidários e militantes do PT e de outras siglas que tentavam exibir as bandeiras de suas legendas. Da paulista, a passeata se dividiu, com blocos indo para a Prefeitura, a Assembleia Legislativa e a Câmara Municipal. À meia-noite, o movimento já estava disperso e apenas um pequeno grupo seguia na Rua Augusta.
Manifestante queima bandeira do PT durante a passeata, ato que se repetiu diversas vezes - Daniel Teixeira/AE
Daniel Teixeira/AE
Manifestante queima bandeira do PT durante a passeata, ato que se repetiu diversas vezes
Às 19h, cerca de 150 manifestantes do PT desistiram de permanecer na passeata, por causa da crescente hostilidade por parte dos manifestantes que não queriam a presença de partidos no ato. Nesse momento, a passeata ainda se concentrava na Avenida Paulista. Um manifestante ferido, supostamente ao tentar defender uma bandeira política.
Após a concentração na Praça do Ciclista, a multidão se dividiu, com um grupo marchando no sentido Paraíso e outro parado no Conjunto Nacional. Havia cartazes pedindo o fim da corrupção e a redução da maioridade penal, além de criticar os partidos. Na Praça do Ciclista, permaneceram grupos ligados à causa original da redução da passagem, com bandeiras de movimentos ligados a siglas partidárias, como, por exemplo, o "Juntos", braço jovem vinculado ao PSOL.
Shopping. Clientes do Shopping Paulista tiveram de sair às pressas durante a passagem de manifestantes pela região. As lojas foram fechadas e os seguranças conduziram as pessoas pelas portas do fundo. Mas o designer Rodrigo Sanches, de 29 anos, disse que "não houve tensão". O centro de compras permanecia de portas fechadas.
A marcha prosseguiu pela Avenida 23 de Maio, bloqueando as pistas nos dois sentidos, quando houve nova divisão. Um grupo seguiu na direção do centro e da Prefeitura, enquanto outro caminhou para o Ibirapuera, onde se encontra a Assembleia Legislativa. Naquele momento, um pequeno bloco de pessoas já se concentrava na frente da Câmara Municipal. O policiamento havia sido reforçado no Viaduto do Chá - onde foram registrados atos de vandalismo tanto na sede da Prefeitura quanto no Teatro Municipal de São Paulo na terça-feira, 18. /ARTUR RODRIGUES, BRUNO RIBEIRO, BRUNO PAES MANSO, BRUNO DEIRO, LUCIANO BOTTINI FILHO e DIEGO ZANCHETTA

Nenhum comentário:

Postar um comentário