quinta-feira, 29 de novembro de 2012

"INFLAÇÃO CORINTHIANA" : Consulado em SP aumenta em 400% emissão de vistos para o Japão



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DE SÃO PAULO
Mundial de ClubesSPFW 2012Depois de a agência oficial de turismo do Corinthians (CVC) anunciar a venda de dois mil pacotes para o Mundial de Clubes, foi a vez do Consulado Geral do Japão em São Paulo revelar a quantidade de vistos emitidos. De acordo com nota oficial, apenas nos meses de outubro e novembro, 8.5 mil emissões ocorreram no escritório localizado na Avenida Paulista.
Antonio Lacerda/Efe
Alessandro ergue a taça de campeão da Libertadores
Alessandro ergue a taça de campeão da Libertadores
Apesar de deixar claro que não é possível confirmar o número de vistos concedidos para torcedores, o Consulado informou que, em 2011, a média de vistos emitidos foi de 850 ao mês. Ou seja, em outubro e novembro de 2012, houve um aumento de 400% nas emissões.
O Mundial de Clubes será disputado entre 6 e 16 de dezembro no sistema eliminatório (primeira fase, quartas de final, semifinal e final), além da definição de quinto e terceiro.
Assim como no ano passado, o Japão vai sediar o Mundial, com jogos nas cidades de Toyota e Yokohama. É a 31ª vez que o país asiático recebe o torneio --seis sob organização da Fifa e outras 25, entre 1980 e 2004.
Os representantes da América do Sul e da Europa iniciam na semifinal e só podem se encontrar na final (se triunfarem) ou na decisão de terceiro lugar (se perderem).
Além do Corinthians, estão garantidos: Auckland City (Nova Zelândia), Chelsea (Inglaterra), Monterrey (México), Sanfrecce Hiroshima (Japão) e Al Ahly, do Egito.
QUEM É QUEM
O mexicano Monterrey jogará o Mundial de Clubes pela segunda vez. No ano passado, o time foi eliminado nas quartas de final pelo Kashiwa Reysol e terminou o torneio na quinta colocação ao derrotar o Esperánce por 3 a 2.
Neste ano, o time volta ao Mundial como bicampeão. Superou o Santos Laguna na final da Liga dos Campeões da Concacaf. Fez 12 jogos, com oito vitórias, um empate e três derrotas. Marcou 25 gols e sofreu nove.
O Auckland City é o mais novo entre os participantes, com oito anos, mas vai disputar o torneio pela quarta vez. É o mais presente no Mundial desde que a Fifa passou a organizar o torneio e abriu vaga para outros continentes.
Na campanha do título continental, teve seis vitórias, um empate e uma derrota. Marcou 20 gols e sofreu nove. No entanto, o clube tetracampeão da Oceania nunca passou das quartas de final do Mundial. Foi sexto (2006), quinto (2009) e sétimo colocado (2011).
MUNDIAL-2000
Em 2000, quando fez sua primeira e única participação, o Corinthians entrou como representante do país-sede por ser campeão brasileiro. Na ocasião, a Fifa organizou pela primeira vez o torneio e convidou os campeões continentais de todas as confederações.
Naquele ano, a final do Mundial foi brasileira --entre Corinthians e Vasco--, algo inédito até hoje. Foi também a edição com mais participantes: oito.
O formato também era diferente. Divididos em dois grupos com quatro equipes, os campeões de cada chave fizeram a final. Os segundos melhores disputaram o terceiro lugar --o mexicano Necaxa venceu o espanhol Real Madrid nos pênaltis.
Com Lancepress

Assaltante morta no Rio cuidava de animais abandonados


Essa é a breve história de uma moça que enveredou pela trilha do crime e das drogas e pagou com a vida por sua ousadia.
O capítulo final de sua jornada terminou em 21 de agosto de 2012, no Rio de Janeiro.

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Ivone Fernandes Mendonça recolhia gatos de rua e pintava quadros.

Imagens exclusivas mostram a ação dos criminosos durante o crime.

Do G1, com informações do Fantástico
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Ivone Fernandes Mendonça, a mulher de 35 anos que morreu ao comandar a tentativa de assalto ao restaurante Brasa Gourmet, na Tijuca, Zona Norte do Rio de Janeiro, no último dia 13, dedicava-se à pintura e cuidava de animais abandonados. Em 2011, ela havia criado uma página em uma rede social onde divulgava fotos de gatos de rua resgatados por ela, além de uma série de telas de sua autoria
O carinho pelos animais também ficou registrado num vídeo gravado um mês antes do crime. As imagens exclusivas obtidas pelo Fantástico mostram Ivone e o namorado brincando com o gato de estimação Whisky, em uma praia da Zona Sul da cidade.
Apesar do perfil de mulher sensível e carinhosa, a vida de Ivone foi sempre pontuada por episódios relacionados ao crime. Nascida em Santa Catarina, cresceu no Rio Grande do Sul. Antes de ir para o Rio de Janeiro, morou em um bairro simples de Viamão, cidade da Região Metropolitana de Porto Alegre. Na escola do bairro, estudou até 1994, quando completou 17 anos. Segundo funcionários, naquela época Ivone já não andava em boas companhias.
De acordo com sua ficha criminal, ela foi detida três vezes por estelionato e receptação entre 2002 e 2003. Usava cheques e cartões de outras pessoas. Mas só cumpriu pena uma vez. Passou quatro meses no presídio feminino de Porto Alegre.
Casal de assaltantes vivia juntos há cinco anos (Foto: Divulgação 18ª DP)Ivone Mendonça e o namorado (Foto: Divulgação/
18ª DP)
“No Rio Grande do Sul, em princípio, ela teria cumprido com as penas que foram impostas pelas práticas desses crime”, diz a delegada Graciela Foresti.
Rio, Stones e crack
Já tinha uma filha. Mas, em 2006, partiu sozinha para o Rio de Janeiro para ver um show dos Rolling Stones. O espetáculo reuniu 1,3 milhão de pessoas na Praia de Copacabana, mas Ivone não estava lá. Tinha recaído no uso de crack, dependência iniciada ainda no sul do país. Em um depoimento na internet, ela explica a mudança de planos.
“Eu vim para assistir ao show dos Rolling Stones. Daí eu conheci algumas pessoas. Estava rolando droga. 'Vai, gaúcha.' Não. Na segunda vez, 'vai, gaúcha'. Não. Na quinta, eu digo: ‘Está bom, vamos’. Uma hora eu tive que pagar, daí foi o pedido: tem um assalto para a gente fazer”, conta ela.
Um mês depois do show que não viu, participava do primeiro assalto. Trocou tiros com os policiais. Acabou ferida, presa e condenada a 13 anos de cadeia. Quase venceu umfestival de música na penitenciária. Depois de dois anos e dois meses no presídio, teve progressão de pena para o regime semiaberto. Foi trabalhar como recepcionista no grupo AfroReggae, que tem projetos de ressocialização de presos no Rio de Janeiro.
José Júnior, coordenador do grupo, conta que, na época, ela tentou se matar: “Ela estava caída no Parque do Flamengo. Um guarda municipal pegou o celular dela, viu o nosso telefone e telefonou”, relembra. E que, depois disso, ela sumiu: “Ela não veio mais trabalhar e ficou evadida.”
Dois anos depois, em julho de 2011, Ivone reapareceu em imagens de câmeras de segurança. De cabelo preto, ela participava de um assalto a uma agência de apostas do Jockey Club, no Centro do Rio. Segundo a polícia, um homem de barba, usando boina, é Gilberto Nascimento, o namorado de Ivone, o mesmo do vídeo gravado na praia. Nas imagens, ela aparece logo atrás dele. Esconde uma arma embaixo da roupa. Depois, enquanto os apostadores são rendidos, ela passa a arma para Gilberto. Tira os óculos escuros, solta o cabelo, dá ordens. Vai até a porta chamar outros bandidos.
'Exceção'
Gilberto leva um funcionário para o segundo andar, e Ivone começa a recolher o dinheiro nas caixas atrás do balcão. Enche a mochila com R$ 30 mil, segundo as investigações. Ivone carrega a mochila pesada, agora usa um chapéu, e continua a dar ordens. Comanda a saída da quadrilha. Logo depois, o namorado dela volta e os dois saem juntos.
“Uma mulher portando arma, liderando quadrilha, isso é exceção”, avalia o delegado Orlando Zaccone. “Ela seria uma cabeça pensante dentro daquela organização deles.”
Restaurante assaltado na Tijuca (Foto: Janaína Carvalho/G1)fachada do restaurante assaltado na Tijuca depois da troca de tiros entre criminosos e a polícia (Foto: Janaína Carvalho/G1)
Em 22 de julho de 2012, Ivone volta a aparecer. Agora, nas imagens do circuito interno de uma boate na Zona Sul do Rio. Segundo a polícia, R$ 19 mil foram levados pela quadrilha. Dias depois, em 8 de agosto, Ivone visita parentes em Laguna, Santa Catarina. Descontraída, brinca na rua com máscaras de fantasia. Passa quatro dias na cidade se divertindo.
No dia 11 de agosto, um sábado, embarca de volta para o Rio de Janeiro. Na última segunda-feira (13), dois dias depois da viagem a Santa Catarina, Ivone já estava de novo no comando da quadrilha no Rio. No restaurante Brasa Gourmet ela não se envolveu diretamente na ação. Ficou apenas coordenando os comparsas.
Seis criminosos entraram no estabelecimento Brasa Gourmet por volta das 10h30 do último dia 13. Bem vestida e com acessórios de grife, Ivone anunciou o assalto. Cerca de 20 funcionários estavam no local. Policiais do 4º BPM (São Cristóvão) foram chamados, e houve troca de tiros. Ivone e mais dois comparsas morreram. Três suspeitos conseguiram fugir pelo telhado do estabelecimento, segundo testemunhas, mas dois suspeitos foram presos na terça-feira (14). Na ação, foram apreendidas quatro armas e uma bolsa.
Bolsas e armas apreendidas em assalto na Tijuca  (Foto: Janaína Carvalho/G1)Bolsas e armas apreendidas pela polícia após o crime (Foto: Janaína Carvalho/G1)
De acordo com o tenente-coronel Ronal Freitas, comandante do 4º BPM (São Cristóvão), quando os policiais chegaram ao local, foram surpreendidos por uma dupla de criminosos, que atirou na direção dos PMs. "Nossa abordagem foi bastante técnica, por isso não houve nenhum inocente ferido", afirmou o comandante , ressaltando que, no momento que os criminosos chegaram, já havia clientes no local.
Imagens exclusivas
Nas imagens exclusivas conseguidas pelo Fantástico, Ivone manda a quadrilha invadir o restaurante. Lá dentro, as cozinheiras fogem desorientadas. A câmera de segurança do escritório do restaurante mostra um homem fazendo a contabilidade. Ele ainda não sabe do assalto. De repente, ele corre e abre a porta. As funcionárias entram e, uma delas, pede ajuda tremendo.
Nos corredores, outro funcionário é rendido. Os bandidos vão em direção ao escritório e entram no lugar onde está o dinheiro. O assaltante manda abrir o cofre, funcionárias se abraçam, tentam se proteger. Chega outro bandido. Eles recolhem o dinheiro. Ivone comandava tudo da porta do restaurante, quando a polícia chegou.
Na rua, um cinegrafista amador gravou o tiroteio. Segundo a polícia, Ivone puxou uma das armas que levava na bolsa e foi atingida antes que pudesse atirar. “Nós não temos até agora nada que desabone a conduta dos policiais, mas a investigação está só iniciando, e se por ventura nós observarmos isso, vai ser levado ao inquérito da investigação, e o promotor e o juiz vão ter acesso aos autos para poderem decidir”, explica Zaccone

Kassab agora quer vender rua no Itaim


Por R$ 5,83 milhões, o prefeito Gilberto Kassab (PSD) vai colocar à venda uma rua sem saída de 589 metros quadrados no Itaim-Bibi, na zona sul. Para o governo, a rua Oswaldo Imperatrice, uma travessa da movimentada rua Leopoldo Couto de Magalhães, não é adequada para receber nenhum projeto paisagístico e serve apenas de acesso a donos de imóveis comerciais da avenida Brigadeiro Faria Lima.

MORADORES IRÃO À JUSTIÇA CONTRA VENDA DE RUA

A intenção da Prefeitura de vender a rua Oswaldo Imperatrice pegou de surpresa a Sociedade Amigos do Itaim-Bibi (Saibibi), que ameaça entrar na Justiça contra a decisão. "O (Gilberto) Kassab agora está com essa mania de vender ruas da cidade. Vamos entrar com liminar para impedir", diz Marcelo Motta, presidente da Saibibi. Segundo ele, o terreno está subavaliado. "É uma negociação malfeita, que prejudica os cofres públicos."
Mas não é isso o que dizem moradores e comerciantes da região. Segundo eles, a rua terá um novo prédio. Os vizinhos sabem apenas que a Birmann Empreendimentos comprou os terrenos. Na verdade, a empresa gerencia projeto para um grupo de investidores, a Faria Lima Traine Properties. A reportagem entrou em contato com a Birmann, que informou que nenhum porta-voz do grupo de investidores estava disponível para entrevista.
"Não há dúvida de que um empreendimento de prédios vai ocupar essa rua. Está bem clara a intenção do projeto", afirmou o vereador Cláudio Fonseca, líder do PPS. O governo, entretanto, nega que exista favorecimento para a iniciativa privada ou para o mercado imobiliário com a proposta. A Birmann Empreendimentos confirma que o terreno receberá um prédio comercial, um teatro e uma praça.
Kassab pediu autorização para vender a rua por meio de licitação, em projeto de lei enviado ontem aos vereadores. Segundo o líder de governo, Roberto Tripoli, o prefeito quer vender 20 áreas públicas até o fim do ano. Os novos projetos devem chegar ao Legislativo até a próxima terça-feira (04/12).
Com apoio hoje de 42 dos 55 vereadores, Kassab não vai ter dificuldades para aprovar suas propostas em "pacotes" de votações marcados para as próximas duas semanas. A base governista já se articula para aprovar os textos em "sessões relâmpagos" da Comissão de Constituição e Justiça antes de colocá-los para duas votações no plenário.
E foi assim na quarta-feira (28) que os parlamentares governistas organizaram um congresso de comissões para avaliar a legalidade de 19 projetos, entre eles o da proposta de venda da Rua Oswaldo Imperatrice. Poucos parlamentares sabiam ao certo de que se tratava o Projeto 477/12 do Executivo, publicado ontem no Diário Oficial da Cidade. Sua chegada à Câmara foi informada em plenário pelo presidente da Casa, José Police Neto (PSD), às 17h45.

Outro lado

O governo argumenta que a venda teve pareceres favoráveis da Procuradoria-Geral do Município, da Subprefeitura de Pinheiros, das Secretarias de Negócios Jurídicos e de Planejamento e da Comissão do Patrimônio Imobiliário do Município. Diz ainda que seria inviável construir uma área verde no espaço da rua sem saída. A Subprefeitura de Pinheiros informou que vai verificar se existe ocupação ilegal na via.
Pelo projeto, o dinheiro da venda será aplicado "em áreas essenciais para o atendimento da população". Mas não há definição se o dinheiro será investido, por exemplo, na construção de creches ou hospitais. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

STF conclui definição das penas para os 25 condenados do mensalão; 13 réus irão para a prisão




O STF (Supremo Tribunal Federal) concluiu nesta quarta-feira (28) a definição das penas para os 25 réus condenados no processo do mensalão e 13 deles irão para a prisão, incluindo o ex-ministro José Dirceu. Penas superiores a oito anos devem ser cumpridas em regime fechado.
Entre quatro e oito anos, as penas são cumpridas em regime semiaberto e o condenado volta para dormir na prisão. Quando forem inferiores a quatro anos, podem ser substituídas por penas alternativas, como pagamento de salário mínimo e perda de direito político. A fase para fixação das punições consumiu dez sessões da Corte. Dos 37 réus da ação penal, 12 acabaram absolvidos.
As penas ainda podem ser revistas pelos ministros até o final do julgamento, que deve ocorrer na semana que vem.

REGIME FECHADO

José Dirceu

Ex-ministro da Casa Civil no governo Lula, José Dirceu foi condenado a dez anos e dez meses de prisão pelos crimes de corrupção ativa e formação de quadrilha. Ele terá ainda de pagar multa de R$ 676 mil. Dirceu começará a cumprir a pena em regime fechado, mas poderá pedir a progressão de regime após 1/6 da pena, ou 1 ano e 9 meses. "Os motivos que o conduziram [Dirceu] a praticar o crime de corrupção ativa são extremamente graves. O crime foi praticado porque o governo federal não tinha a maioria na Câmara dos Deputados e o fez por meio da compra dos votos, por meio da compra dos líderes [dos partidos]", afirmou Joaquim Barbosa à época da fixação da pena.
 

Delúbio Soares

O ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares foi condenado a oito anos e 11 meses de prisãopelos crimes de corrupção ativa e formação de quadrilha, além de multa de R$ 300 mil. "[Delúbio era] incumbido de indicar a Marcos Valério quem, quando e quanto deveria ser pago a título de propina, para efeito de corrupção no Legislativo. [Era] Estreitamente ligado a José Dirceu, comandante dessa epopeia", disse o relator.
 

João Paulo Cunha

O deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP) foi condenado a nove anos e quatro meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva, peculato (desvio de recursos públicos) e lavagem de dinheiro. Com isso, o réu terá de cumprir a pena em regime fechado, já que a condenação foi maior do que oito anos. Ele também terá de pagar multa de R$ 360 mil.
 

Marcos Valério

Acusado de ser o operador do mensalão, o publicitário Marcos Valério deve ser condenado a40 anos, um mês e seis dias de prisão pelos crimes de corrupção ativa, peculato, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e evasão de divisas. Além do tempo de prisão, ele terá de pagar uma multa de R$ 2,78 milhões. A Suprema Corte ainda precisa proclamar o voto sobre a sua dosimetria (cálculo das penas).
 

Veja trechos da sessão de julgamento do mensalão de 28.nov - 6 vídeos

Somar votos de quem absolveu poderia anular pena
Joaquim Barbosa explica porque não aceitou alegação de que falta de quórum para fazer a dosimetria do réu pelo crime de peculato anularia a pena
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Ramon Hollerbach

Ex-sócio de Valério, Ramon Hollerbach foi condenado por evasão de divisas, corrupção ativa, peculato, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. A pena total ficou em 29 anos, sete meses e 20 dias e uma multa total de R$ 2,8 milhões.

O que você achou do resultado do julgamento do mensalão?

Resultado parcial
 

Cristiano Paz

O publicitário Cristiano Paz, também ex-sócio de Valério, foi condenado a 25 anos, onze meses e 20 dias de prisão pelos crimes de formação de quadrilha, corrupção ativa, peculato e lavagem de dinheiro. Além disso, ele terá de pagar uma multa de aproximadamente R$ 2,5 milhões. Para o relator, Joaquim Barbosa, Paz participou de "toda uma parafernália, um mecanismo bem azeitado de desvio de recursos públicos".
 

Simone Vasconcelos

Ex-funcionária de Valério na agência SMP&B, Simone Vasconcelos foi condenada a 12 anos, sete meses e 20 dias pelos crimes de lavagem de dinheiro, corrupção ativa e evasão de divisas. Ela também foi condenada a um ano e oito meses por formação de quadrilha, mas a pena prescreveu. Ao todo, a ré também foi multada em R$ 374 mil.
 

Rogério Tolentino

Advogado de Valério e acusado de receber empréstimos fictícios que abasteceram o mensalão,Rogério Tolentino foi condenado a 8 anos e 11 meses de prisão, mais multa de R$ 404 mil, pelos crimes de lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e corrupção ativa.
 

Kátia Rabello

Ex-presidente do Banco Rural, Kátia Rabello teve a sua pena fixada em 16 anos e oito meses de prisão pelos crimes de lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, gestão fraudulenta e evasão de divisas, além de multa que passa de R$ 1,5 milhão. Na época do mensalão, ela dirigia a instituição que, segundo a decisão do Supremo, colaborou para que o grupo de Marcos Valério fizesse pagamentos a parlamentares e pudesse ocultar a origem ilícita do dinheiro público desviado.
 

José Roberto Salgado 

O ex-vice-presidente do Banco Rural José Roberto Salgado foi condenado a 16 anos e 8 meses de prisão e multa de R$ 926.400 pelos crimes de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e gestão fraudulenta.
 

Vinícius Samarane

O terceiro réu do núcleo financeiro condenado no processo do mensalão, Vinícius Samarane, ex-vice-presidente do Banco Rural, foi condenado a 8 anos, 9 meses e 10 dias de reclusão. Ele também deverá pagar multa no valor de R$ 552.000 (os valores ainda deverão sofrer correção monetária).
 

Henrique Pizzolato

O ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato recebeu uma pena total de 12 anos e 7 meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro e também deverá cumprir ao menos parte da pena na cadeia.
 

Pedro Corrêa

O deputado cassado Pedro Corrêa (PP-PE) foi condenado a 9 anos e 5 meses de prisão emulta de R$ 1,08 milhão no julgamento do mensalão. Ele teria recebido, junto a outros parlamentares, R$ 2,9 milhões para votar a favor de matérias do interesse do governo federal durante o primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva.

O julgamento do mensalão no STF

Foto 1 de 200 - 28.nov.2012 - Imagem da lua cheia na Praça dos Três Poderes, em Brasília, com a estátua da Justiça que fica na frente do prédio do STF (Supremo Tribunal Federal) e a bandeira do Brasil ao fundo. Nesta quarta-feira, os ministros do STF concluíram a definição das penas para os 25 réus condenados no processo do mensalão. Treze deles irão para a prisão, incluindo o ex-ministro José Dirceu (PT) Sergio Lima/Folhapress
 

REGIME SEMIABERTO

José Genoino

O ex-presidente do PT José Genoino recebeu pena de seis anos e 11 meses, mais R$ 468 mil pelos crimes de formação de quadrilha e corrupção ativa e poderá cumprir a pena no regime semiaberto, que é aplicado para penas entre quatro e oito anos. Segundo o relator Barbosa, Genoino ?utilizou a estrutura e o poder do partido que presidia para, juntamente com seu tesoureiro Delúbio Soares e o réu Marcos Valério, distribuir recursos em valores extraordinariamente elevados, em espécie, destinados à compra de votos".
 

Roberto Jefferson

O ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB-RJ), delator do esquema do mensalão e atual presidente licenciado do PTB, foi condenado a 7 anos e 14 dias por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, mais pagamento de multa no valor de R$ 688,8 mil. Os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) decidiram levar em conta a contribuição de Jefferson ao revelar detalhes do escândalo e diminuíram sua pena. Com isso, em vez de regime fechado, o ex-deputado cumprirá pena no semiaberto -- pela lei, penas maiores que oito anos são cumpridas em regime fechado. Ele teve seu mandato de deputado federal cassado, em 2005, pela participação no escândalo.
 

Valdemar Costa Neto

O deputado Valdemar Costa Neto (PR-SP) foi condenado a 7 anos e 10 meses de prisão, além de multa de R$ 1,08 milhão. Para o relator, Costa Neto negociou e vendeu apoio de seu partido e ainda o beneficiou na Câmara. "O réu [Costa Neto] profissionalizou o modo de recebimento da propina". O atual deputado federal era presidente do PL (atual PR) e líder da bancada do partido na Câmara do Deputados. Ele foi absolvido por formação de quadrilha, pelo empate nos votos dos ministros. O deputado teria recebido R$ 8,8 milhões para votar a favor de matérias do interesse do governo federal. 
 

Bispo Rodrigues

Carlos Alberto Rodrigues, conhecido na época do mensalão como Bispo Rodrigues, do PL (atual PR), foi condenado a pena em regime semiaberto foi de 6 anos e 3 meses e multa de R$ 696 mil. Ele foi acusado de receber R$ 150 mil para votar em reformas de interesse do governo federal, em dezembro de 2003, durante o governo Lula.
 

Romeu Queiroz

O ex-deputado federal Romeu Queiroz (PTB-MG) foi condenado a 6 anos e 6 meses de prisãopor corrupção passiva e lavagem de dinheiro, além de multa no valor de R$ 792 mil. Ele é acusado de ter viabilizado pagamento de R$ 4,5 milhões para o ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB), delator do mensalão, para que votasse a favor de matérias do interesse do governo Lula. Queiroz teria recebido, em proveito próprio, quantia de R$ 102 mil.
 

Pedro Henry

O deputado Pedro Henry (PP-MT) foi condenado a 7 anos e 2 meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro por conta da sua participação no esquema do mensalão. Ele também foi condenado a pagar R$ 888 mil em multa. Henry também foi denunciado por formação de quadrilha, mas acabou sendo absolvido deste delito. Segundo entendimento dos magistrados, Henry teria recebido, junto a outros parlamentares, R$ 2,9 milhões para votar a favor de matérias do interesse do governo federal no primeiro mandado de Lula.
 

Breno Fischberg

Ex-sócio da corretora Bônus-Banval, usada por parlamentares do PP para lavar dinheiro do esquema do mensalão, Breno Fischberg foi condenado a 5 anos e 10 meses de reclusão pelo crime de lavagem de dinheiro, além de R$ 528 mil de multa. Ele deve cumprir a pena no regime semiaberto, indo para a cadeia apenas para dormir.
 

Enivaldo Quadrado

O outro ex-sócio da corretora, Enivaldo Quadrado, foi condenado por formação de quadrilha e lavagem de dinheiro e a sua pena alcançou 5 anos e 9 meses, mais multa de R$ 26.400 e ele também poderá cumpri-la no regime semiaberto.
 

Jacinto Lamas

O ex-tesoureiro do PL (atual PR) Jacinto Lamas foi condenado por lavagem de dinheiro a 5 anos de prisão, mais R$ 240 mil de multa, e por corrupção passiva a 1 ano e 6 meses. No entanto, a pena por corrupção já está prescrita.
 

João Cláudio Genú

Ex-assessor do PP na Câmara, João Cláudio Genú recebeu a pena de 7 anos e 3 meses, mais 200 dias-multa, equivalente a R$ 480 mil, por formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. Ele também foi condenado por corrupção passiva, mas, como a pena foi de 1 ano e 6 meses, já está prescrita. Genú teria sido beneficiado pelo esquema entre o Banco Rural e a empresa SMP&B, de Valério. Seria ainda o responsável por intermediar pagamentos a deputados do PP. Junto a eles, teria recebido cerca de R$ 4 milhões de propina.
 
Foto 1 de 200 - 28.nov.2012 - "Eu pensei que vossa excelência já tivesse passado, agora vejo que foi por telepatia", disse o ministro Marco Aurélio ao presidente do STF, Joaquim Barbosa Sergio Lima/Folhapress

PENA RESTRITIVA DE DIREITO

José Borba

O ex-deputado José Borba foi condenado a 2 anos e 6 meses de prisão pelo crime de corrupção passiva. Como a pena dá direito ao regime aberto, os ministros decidiram substitui-la por uma pena alternativa. Assim, Borba foi agora condenado ao pagamento de 300 salários mínimos, dinheiro destinado a entidade sem fins lucrativos, e à perda de direitos políticos -- os ministros determinaram a interdição temporária de direito político pelo prazo da pena privativa de liberdade (2 anos e 6 meses) a que foi condenado o réu, bem como a proibição do exercício de cargo ou atividade pública e perda de mandato eletivo. Como Borba atualmente é prefeito de Jandaia do Sul (PR) pelo PP, os ministros ainda devem decidir se ele perderá o mandato imediatamente ou se apenas após o trânsito em julgado da sentença. O mandato de Borba se encerra em dezembro.
 

Emerson Palmieri

Após ter a sua pena por corrupção passiva prescrita, o ex-tesoureiro informal do PTB Emerson Palmieri foi condenado a quatro anos de prisão por lavagem de dinheiro, mais 190 dias-multa. No entanto, como, pela lei, penas de até quatro anos devem ser cumpridas em regime aberto, os magistrados decidiram substituir a pena dele por duas penas restritivas de direito: aproibição de ser nomeado para cargos públicos e o pagamento de 150 salários mínimos para uma instituição sem fins lucrativos.

ENTENDA O DIA A DIA DO JULGAMENTO