terça-feira, 30 de outubro de 2012

Uberlandense conta como enfrenta tempestade Sandy nos EUA


Tempestade chegou à costa na noite desta segunda e provocou estragos.
Alguns estão sem energia e previsão é que seja normalizada em até 7 dias.

Flávia ReisDo G1 Triângulo Mineiro
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Água avancando no píer em Seaside Highest (Foto: Alexandre Crovadore)Água avançando no píer em Seaside Highest
(Foto: Alexandre Crovadore/Arquivo Pessoal)
A brasileira de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, Fátima Nascimento, falou ao G1como está a situação em Nova Jersey (NJ), nos Estados Unidos. A tempestade Sandy chegou à costa na noite desta segunda-feira (29) e provocou estragos e alagamentos em várias cidades. Muitas pessoas estão sem energia e a previsão é que o abastecimento seja normalizado nos próximos dias.
"Estou bem, moro em Ocean NJ, situada a uma hora e meia de Nova York e uma hora e meia de Atlantic City, cidade que está quase 90% debaixo da água. Estou sem energia e me comunicando pelo celular. Os ventos são terríveis, há muita enchente e árvores caídas. Ninguém sai de casa", contou Fátima.
De acordo com a brasileira, autoridades americanas se preparam e estão monitorando a situação. "Sábado e domingo começaram a evacuar as áreas de risco [mais próximas da praia]. Durante todo dia os canais mostraram enchentes e como o furacão ainda estava longe, isso provocou certo pânico. O governador também esteve o dia todo na TV pedindo para as pessoas evacuarem e irem para os abrigos porque neles há geradores", disse.
A população também se mobilizou para a passagem de Sandy. "Vinham nos comunicando pela TV para comprarmos mantimentos não perecíveis porque perderíamos a energia, que deve voltar em até sete dias. Eu abasteci meu carro e comprei mantimentos. Graças a Deus o aquecedor do meu condomínio é a gás e não elétrico", comentou Fátima.
A mineira mora há sete anos nos Estados Unidos e disse nunca ter passado por uma situação parecida antes. "No ano passado houve uma tensão na espera do Irene, mas não foi nada comparado com a de hoje. Não aqui em NJ", ressaltou.
Um amigo da brasileira, o curitibano Alexandre Crovadore, enviou ao G1 fotos que mostram alguns estragos provocados pela tempestade. "Estou com um amigo em uma área segura, que fica um pouco mais distante da praia, mas só se escuta ventos e a casa tremendo. É possível ouvir coisas batendo nas paredes do lado de fora da casa. É assustador. Pelas ruas há muita destruição. Estou rezando para acabar logo", disse Nascimento.
A mãe da uberlandense, Roza Cabrera, está aflita com a situação. Segundo a dona de casa, apesar de estar melhor hoje lá na região, ela já chorou muito. "Sei que está tudo mais tranquilo, mas estou aflita e já chorei muito. Para piorar, agora não tenho notícias mais da minha filha porque ela está sem celular e sem energia. Não tenho mais comunicação com ela", desabafou.
Mas para os que estão no Brasil, a mineira deixou um recado. "Quero dizer para minha família e amigos que eu estou salva. Apesar do medo eu estou bem e não quero passar por isso nunca mais", concluiu.
Casas em Mantaloking Beach (NJ) sendo destruídas pelo mar (Foto: Alexandre Crovadore)Casas em Mantaloking Beach (NJ) sendo destruídas pelo mar (Foto: Alexandre Crovadore/Arquivo Pessoal)
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