domingo, 22 de abril de 2012

Dilma briga para emplacar o etanol brasileiro no mundo, mas fecha os olhos para a invasão chinesa



Dois lados de uma história – Na queda de braço que travará com os Estados Unidos e a União Europeia por causa das barreiras comerciais impostas ao etanol verde-louro, o governo federal já conta com o apoio dos partidos de oposição. O que sinaliza um possível amadurecimento dos partidos contrários à neopetista Dilma Vana Rousseff, pois oposição não é uma gritaria birrenta e chicaneira de fundo de quintal, mas um posicionamento ideológico firme e republicano.
Entre os tantos assuntos que a presidente Dilma tratará em março próximo durante a vista oficial do ianque Barack Obama ao País, o etanol é um dos temas que integram a pauta do encontro. Tudo muito bem, pois o Brasil precisa de mais divisas e o mundo carece de energia limpa, pois do contrário as catástrofes naturais tendem a aumentar.
Enquanto Dilma Rousseff foca os possíveis compradores do nosso etanol, os chineses continuam comprometendo o parque industrial brasileiro através da enxurrada de produtos vindos do país da Grande Muralha.
A silenciosa genuflexão do Palácio do Planalto diante da concorrência desleal promovida pelos chineses é justificada pelo fato de a China ser o maior comprador mundial das commodities brasileiras, em especial minério de ferro e soja. Essa tese é de fácil contestação, pois se a China não comprar do Brasil soja e minério de ferro, o mercado chinês sofrerá com o desabastecimento. Para complicar ainda mais o quadro, a população chinesa, a reboque do capitalismo, está se tornando muito mais urbana, o que faz com que os campos da agricultura local sofram com a redução de mão de obra. Ou seja, o temor do governo brasileiro não se justifica.
O que a presidente Dilma Rousseff não pode é ficar inerte e calada, enquanto os chineses avançam cada vez mais na direção dessa louca Terra de Macunaíma. Para se ter ideia da força e da extensão desse avanço, bancos de investimentos e consultores financeiros são cada vez mais procurados por investidores chineses, sempre ávidos por derramar fortunas em negócios ligados à mineração e ao agronegócio. No cardápio das consultas estão o minério de ferro, a soja e o etanol.
À sombra do complexo cenário do comércio internacional, resta-nos pedir a devida licença ao folclórico senador Mão Santa (PSC-PI), que no próximo dia 31 de janeiro se despede do Senado Federal, para invocar um dos seus contumazes bordões: “Atentai bem, oh Dilma!”.

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