terça-feira, 10 de abril de 2012

13% do Brasil é composto por reservas indígenas. Vejam porque as ONGS lutam tanto contra o Código Florestal.


CoronelLeaks


O cacique cinta-larga Marcelo posa com o rosto pintado ao receber as chaves de duas caminhonetes -como seus antepassados recebiam miçangas e espelhinhos - em troca da assinatura de um termo de compromisso com a Viridor Carbon Services para um projeto de desmatamento evitado.
Marcelo Cinta Larga recebe do representante da empresa Viridor as chaves de uma das caminhonetes - Viridor/Divulgação
A moeda de troca está registrada em fotografia divulgada no endereço eletrônico da multinacional de comércio de carbono, movido pelo combate ao aquecimento global. As caminhonetes foram uma espécie de “adiantamento” pelo negócio, cujo valor ainda não foi definido. A etnia cinta-larga ocupa quatro terras indígenas em Rondônia e Mato Grosso. Uma delas, a reserva Roosevelt, é conhecida como uma das maiores minas de diamante do mundo. Os territórios somam 27 mil quilômetros quadrados, ou 18 vezes o tamanho da cidade de São Paulo. Para a Viridor, trata-se do “maior” projeto de desenvolvimento evitado - Redd, no jargão nos debates das Nações Unidas sobre combate às emissões de carbono - em comunidades indígenas.Leia mais aqui.

Comentário: As reservas indígenas são concedidas porque as tribos necessitam manter as suas culturas e costumes. Não é o que ocorre. Tornam-se presas fáceis de outro tipo de garimpo: o garimpo dos créditos de carbono, o garimpo da biodiversidade. 13% do Brasil é composto por reservas indígenas. Apenas 27% do Brasil ocupa toda a agropecuária. O Brasiol precisa voltar a exercer a sua soberania. A Rio+20 é uma grande oportunidade para colocar o ambientalismo oportunista no seu devido ligar.

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