sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Democracia é ordem também



Um trabalho permanente, sistemático, vem sendo feito no sentido de a sociedade brasileira ir se acostumando com a falta de autoridade, de austeridade, de disciplina, de respeito às instituições. A corrupção virou fato corriqueiro; a impunidade aos baderneiros que ocupam universidades, repartições públicas e bloqueiam estradas são usuais. Ninguém pode ter segurança em casa, uma vez que as armas são reservadas aos bandidos.
O mérito para  ocupar uma  função de responsabilidade passa a ser item secundário. O importante é saber quem indica. O cidadão que ousa trabalhar por conta própria, dentro da lei, é  perseguido –  ou por impostos exagerados ou riscos trabalhistas inimagináveis ou ainda pelo simples achaque de todo tipo de funcionário público com um mínimo de poder, desde o guarda da esquina ao fiscal.

Na área rural, é mais grave ainda a perseguição para quem insiste em plantar e colher. Sem falar nos  serviços públicos, deixando a desejar.

Querem deixar mal, perante a história e a população, os militares, que cumpriram com seus deveres, por ocasião  da tentativa de se criar uma base no interior  para uma guerra civil, com fins de  implantar um regime totalitário e cruel. Nunca se tratou de democratas que enfrentavam um governo autoritário (pelas circunstâncias históricas daquele momento). E, mesmo se assim fosse, aquele jamais seria o caminho, ao
se jogar com a vida de inocentes e de  iludidos.

O Brasil sabe que muito deve, e a maioria reconhece, a seus soldados. Estiveram no poder como numa  missão, e logo que possível promoveram a abertura.

A crise está aí. Devemos pensar em coisas produtivas, em ensino, saúde, emprego, produção, qualidade no que fazemos. Para isso, precisamos de paz , amor, união e confiança. A paz e a união são necessárias para nós, mas muito mais para nossos filhos e netos. Não vamos nos dividir nem permitir que se jogue uns contra os outros. Seria  pena jogar fora uma história de conciliação e de integração, sob todos os aspectos.

As forças  vivas da nacionalidade, a começar pelos empresários, devem reagir contra os que tentam a todo custo dividir e tumultuar a vida brasileira, com invenções tipo "quilombolas", com a impunidade às ilegalidades  do MST, e exagero dos ambientalistas que  barram obras. Como está não pode ficar.

Publicado no Diário do Comércio.

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