sábado, 24 de dezembro de 2011

Segurança da SuperVia, no Rio, morde orelha de passageiro


Após uma confusão na estação Cascadura, funcionário teria agredido o usuário da rede férrea; não há detalhes sobre a gravidade do ferimento

24 de dezembro de 2011 | 11h 57



Sabrina Valle, Agência Estado
Um segurança da SuperVia, concessionária de trens urbanos que administra parte da rede férrea do Rio, arrancou na noite desta sexta, 23, com uma mordida parte da orelha de um passageiro após uma confusão na estação de Cascadura, ramal de Deodoro. Segundo a SuperVia, o conflito começou às 19h35, depois que um grupo de passageiros passou a roleta sem pagar passagem.
"Agentes da concessionária, em exercício legal de suas funções, solicitaram que estas pessoas retornassem à bilheteria. Após o retorno do grupo à área paga da estação, um membro deste grupo agrediu o profissional da concessionária, que reagiu", informou a SuperVia em nota.
O segurança foi afastado do serviço até o término do processo administrativo. O passageiro foi hospitalizado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Não há detalhes sobre a gravidade do ferimento, apenas a confirmação de que parte da orelha foi removida com a dentada. A concessionária reforça que não admite qualquer tipo de desrespeito ou agressão aos seus passageiros e que treina todos os seus profissionais periodicamente sobre as normas éticas e de conduta no relacionamento com o cliente.
A SuperVia tem um histórico de problemas, com atrasos de trens, carros lotados, defeitos de manutenção e confusões. Na quinta-feira, a SuperVia inaugurou o primeiro dos 73 trens modernizados que vão passar a integrar a frota da empresa, mas uma falha no sistema de ar-condicionado forçou os passageiros, incluindo o presidente da SuperVia, Carlos José Cunha, e o secretário estadual de Transportes, Júlio Lopes, a trocar de vagão.
Em 15 de abril de 2009, câmeras de TV filmaram passageiros da SuperVia sendo agredidos com socos, chutes e até chicotadas por seguranças da empresa quando tentavam embarcar em composições lotadas. A SuperVia informa que os seguranças são treinados para garantir que as portas se fechem sem o uso de força física.

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