sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Em ato raro, diplomatas questionam Itamaraty sobre morte de colega


Amigos de Milena de Medeiros, vítima de malária contraída em viagem oficial, pedem melhorias no acompanhamento a funcionários em áreas de risco.

30 de dezembro de 2011 | 5h 51


Um grupo de diplomatas brasileiros entregou nesta semana ao Ministério das Relações Exteriores uma carta que pede melhorias na orientação e acompanhamento dado a diplomatas que viajam para locais de risco.
Em uma iniciativa raramente vista na chancelaria, o documento foi entregue após a morte da diplomata acreana Milena Oliveira de Medeiros, de 35 anos. Ela foi vítima de um quadro agudo de malária, que contraiu durante uma viagem a serviço do governo para Malabo, na Guiné Equatorial.
A carta, assinada por "colegas e amigos de Milena de Medeiros", diz que ela "não recebeu nenhuma instrução institucional específica sobre as doenças que poderia contrair, não lhe foram indicadas formas de prevenção ou cuidados a serem observados durante e depois da viagem" no país africano antes de deixar Brasília, em 20 de novembro.
Segundo o documento, os 21 diplomatas que viajaram a Malabo receberam repelentes e advertências sobre a possibilidade de contrair malária por iniciativa independente da embaixada brasileira no local.
Entre eles, somente Milena apresentou sintomas da doença.
Endereçada ao Ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, a carta foi assinada por 84 diplomatas da turma de Medeiros que ingressou no Instituto em 2009, e foi entregue no gabinete ministerial. O documento deve ser encaminhado novamente ao chanceler, assim que ele retornar ao Brasil, no início do ano.

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